segunda-feira, 28 de março de 2011

Brasil...


Atualmente temos muitas empresas com uma lucratividade crescente e com ações sociais "para-inglês-ver", ou seja, fazem mais barulho que algo propriamente produtivivo para as comunidades próximas.

Os cinturões de pobreza ao redor das grandes cidades e metrópoles não pára de crescer, pois o êxodo continua acontecendo e despeja muitas famílias vindas do interior nas cidades dos sonhos.

O Estado bate recórdes na arrecadação de impostos a cada semestre, mas não enxergamos muito bem os benefícios destas ações, embora as emissoras televisivas insistam em mostrar maravilhosas tendências e uma aprovação não menos recórde de nosso chefe maior.

Aqui vai uma sugestão: destinar parte dos lucros das empresas de maior porte para ações diferenciadas nas camadas de baixa renda, com o devido abatimento dos impostos devidos. Alguém há de afirmar: isso já é feito! Mas, peço um pouco mais da sua atenção, para melhor esclarecer minha proposta.

Assim, imagine uma empresa lucrativa criando novas unidades de negócios nas áreas carentes, com prioridade nas pessoas e não nos lucros. Algo que ofereça retorno financeiro no sentido de recuperar o capital investido, mas que viabilize criar novos empregos e não contribua para a destruição ambiental. Até aí nada muito inovador.

Vamos, então, seguir as orientações do Sr. Bill Gates, fundador da Microsoft e dedicado atualmente à Fundação Bill & Melina Gates, que porpõe uma nova organização capaz de andar com suas próprias pernas e gerar resultados em indicadores sociais, adequados ao contexto loco-regional.

Nesse exato momento vários pensadores e instituções internacionais estão ocupados nisso e propondo reverter um quadro que parece não ter volta. O BOP (Protocolo Base da Pirâmide) lançado por C. K. Prahalad (Universidade de Michigan) e repaginado por Muhammad Yunus (Premio Nobel da Paz em 2006) e Stuart Hart (Criando Valor Sustentável) está procurando respostas e soluções nunca antes imaginadas.

As questões mais difíceis de responder estão diretamente ligadas ao aumento do consumo dos estratos inferiores da polução, pois com ele há o risco de aumento nos danos ambientais, a oferta de produtos a classes não tão marginalizadas (necessidade de lucro!) e o fato de que transformar pobres em consumidores não desfaz a condição de pobreza.

Parece que estamos iniciando um processo sem volta, mas será necessária a participação de todos na busca por respostas, incluindo a população afetada, pois sem eles todo esforço resultará em muito pouco. Precisamos de parceiros e espírito empreendedor... alguém se habilita?

Continua...

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