segunda-feira, 28 de março de 2011

Brincadeira...

Pois é, ainda tem gente que acha que brincar é falta de seriedade, que pena que ainda existam seres tão pequenos, do tipo "Pare de brincar e volte já para o trabalho". Estou reproduzindo um texto de um autor chamado Roger Von Oech, que em 1988 escreveu o livro "Um toc na cuca". Mas é a mais pura tradução da mediocridade de nossa sociedade, que perdeu a razão de criar e inovar, tornando-se uma reprodutora de idéias já concebidas e a serviço de quem às concebeu.

Vejamos nosso ambiente de trabalho, aqueles que riem e brincam com o trabalho, normalmente fazem a coisa fluir e a produtividade é um elemento de destaque, quando comparados àqueles locais onde as normas e regras são vitoriosas. Acontece que trabalhar nesse tipo de espelunca sempre é mais seguro para os medíocres, deles não será exigido pensar, criar, fazer melhor as coisas feitas, senão o reproduzir mais rápido e isso qualquer um faz.

Outro ponto a ser percebido é que pessoas alegres são pessoas vibrantes, contagiantes e delas resultam sempre algo mais, entre estes produtos estão a inveja dos ineficiêntes e insignificantes, que amontoados em suas trincheiras de papéis e relatórios (jamais lidos por ninguém, a não ser por eles mesmos), articulam pela queda daquele que ousa sorrir e brincar em serviço, como se isso fosse um sério perigo.

Confesso que um dia fui criança, muito brinquei inventando meus próprios brinquedos e jogos, num tempo em que isso era permitido por ser criança. Eis-me aqui, adulto e brincalhão, atordoando seres medianos de caráter e profissionalismo, mas sérios reprodutores dos modelos inventados pelos seus "superiores". Lamento por eles, mas, ao mesmo tempo, me divirto ainda mais com essa situação, pois saio de um ponto a outro e consigo ser percebido, até ser obstruído novamente. Não faz mal, ressurgirei em outro lugar, para desespero de outros circumpectos senhores.

Existem dias tristes, mas nem assim me abato e sigo escrevendo, provocativo, sorrindo e bendizendo minha criatividade. Em alguns deixo saudades, para outros, certamente, um gosto provisório de felicidade, muito temporário, pois não podem sorrir por muito tempo, uma por que devem retornar rápido ao trabalho, outra por que sempre volto breve, sem jamais ter deixado meu sorriso de lado.

MBA Anglo-Americano Caxias do Sul


Mais um ciclo que se conclui!

Há momentos de turbulência e outros em que o tempo insiste em não querer passar, mas chegou ao fim o primeiro período de ambos MBA's da FAACS e com esse acontecimento algumas constatações, quase que todas positivas. O grupo é jovem, porém muito talentoso, o futuro vai nos reservar muitas alegrias, tenho certeza disso. Os professores souberam conquistar um espaço invejável nos aspectos educativos e também de relacionamento, representado pelos olhos atentos e mentes borbulhantes de nossos alunos. Algumas disciplinas foram realocadas, ora para melhorar a performance profissional da equipe, ora por questões que extrapolam o planejamento. Todavia, o resultado extrapolou nossas expectativas!

Quero agradecer a todos professores que participaram dessa etapa (Adauto Rosado, Vilmar Pereira, Alexandro Benhardt, Geraldo Sandri, Mozara Tabasnik, Volnei Castilhos, Diva Portella, Roberto Corso e Roberto Morais), aos alunos (todos, sem exceção!) e, em especial, a Coordenadora Geral Sra. Tatiana Rocha Netto, que propiciou terreno fértil para a semeadura desse curso, assim como as ferramentas necessárias para o seu pleno desenvolvimento ao e ao professor Alessandro Orofino que confiou na minha competência e me desafiou para coordenar esses MBA’s.

Agradeço a todos que se envolveram para que a primeira etapa recebesse essa coroação e reconhecimento, em destaque o pessoal da Secretaria Acadêmica: Sílvio, Cheila e a chefona Janete; ao pessoal do financeiro: Janai e Nelci; ao Charles da reprografia; às meninas da Biblioteca (Renata e Micheli); ao Remo e ao Maicon (já pensou nós sem a TI?), enfim, a todos aqueles que não estão citados nominalmente, mas que sabem que sem eles o sucesso não seria o mesmo.

Brasil...


Atualmente temos muitas empresas com uma lucratividade crescente e com ações sociais "para-inglês-ver", ou seja, fazem mais barulho que algo propriamente produtivivo para as comunidades próximas.

Os cinturões de pobreza ao redor das grandes cidades e metrópoles não pára de crescer, pois o êxodo continua acontecendo e despeja muitas famílias vindas do interior nas cidades dos sonhos.

O Estado bate recórdes na arrecadação de impostos a cada semestre, mas não enxergamos muito bem os benefícios destas ações, embora as emissoras televisivas insistam em mostrar maravilhosas tendências e uma aprovação não menos recórde de nosso chefe maior.

Aqui vai uma sugestão: destinar parte dos lucros das empresas de maior porte para ações diferenciadas nas camadas de baixa renda, com o devido abatimento dos impostos devidos. Alguém há de afirmar: isso já é feito! Mas, peço um pouco mais da sua atenção, para melhor esclarecer minha proposta.

Assim, imagine uma empresa lucrativa criando novas unidades de negócios nas áreas carentes, com prioridade nas pessoas e não nos lucros. Algo que ofereça retorno financeiro no sentido de recuperar o capital investido, mas que viabilize criar novos empregos e não contribua para a destruição ambiental. Até aí nada muito inovador.

Vamos, então, seguir as orientações do Sr. Bill Gates, fundador da Microsoft e dedicado atualmente à Fundação Bill & Melina Gates, que porpõe uma nova organização capaz de andar com suas próprias pernas e gerar resultados em indicadores sociais, adequados ao contexto loco-regional.

Nesse exato momento vários pensadores e instituções internacionais estão ocupados nisso e propondo reverter um quadro que parece não ter volta. O BOP (Protocolo Base da Pirâmide) lançado por C. K. Prahalad (Universidade de Michigan) e repaginado por Muhammad Yunus (Premio Nobel da Paz em 2006) e Stuart Hart (Criando Valor Sustentável) está procurando respostas e soluções nunca antes imaginadas.

As questões mais difíceis de responder estão diretamente ligadas ao aumento do consumo dos estratos inferiores da polução, pois com ele há o risco de aumento nos danos ambientais, a oferta de produtos a classes não tão marginalizadas (necessidade de lucro!) e o fato de que transformar pobres em consumidores não desfaz a condição de pobreza.

Parece que estamos iniciando um processo sem volta, mas será necessária a participação de todos na busca por respostas, incluindo a população afetada, pois sem eles todo esforço resultará em muito pouco. Precisamos de parceiros e espírito empreendedor... alguém se habilita?

Continua...

Incompetência Contada de Quebra-Molas

Talvez vocês não acreditem, mas para que eu chegue a minha casa, vindo do município de Torres-RS até o Balneário Bella Torres (município de Passo de Torres), um trajeto de cerca de dez (10) quilômetros, foram colocados cerca de trinta (30) redutores de velocidade (os famosos “quebra-molas”).

As justificativas são inúmeras, todavia a maior delas se apóia na prevenção, fato que não pode ser ignorado por ninguém e é uma intenção interessante. Mas como diz aquele ditado, nem toda intenção é um acontecimento e, nesse caso, é um desastre.

O poder municipal permite que as casas e cercas sejam construídas no passeio público e as pessoas não têm outra alternativa a não ser caminhar pelas ruas, que por sua vez são estreitas e sem acostamento. A sinalização vertical e horizontal é digna de um filme de pastelão, alternando velocidades máximas adequadas a carros de boi (30 km/h) em locais menos movimentados e 60 km/h em locais de intensa densidade populacional, especialmente crianças e ciclistas.

As crianças não recebem nenhum tipo de educação para o trânsito e caminham despreocupadas por entre os carros que passam e pulam de “quebra-mola” em “quebra-mola”. Os ciclistas tentam provar a sua condição de usuários da via e ignoram a sua fragilidade, além de não ostentar nenhuma forma de ampliar sua visibilidade, especialmente nos períodos noturnos e naqueles onde há neblina, situação freqüente a beira-mar.

Para quê atender aos trâmites legais e técnicos se bastam meros “quebra-molas”, alguns com menos de dez (10) metros entre um e outro? Os pedestres e ciclistas merecem mais respeito e os motoristas de veículos automotores deveriam ser ressarcidos de seus prejuízos a cada passagem por vias esburacas, perigosas e com artefatos absurdos para conter a velocidade.

As medidas são sempre punitivas e jamais educativas, não se observa nenhuma atitude dos proprietários do poder para educar as pessoas e prevenir, de fato, o número de ocorrências no trânsito, que lamentavelmente levam o nome de acidente, mas que de forma alguma são imprevistos e sim negligência das autoridades vigentes.

Medidas de moderação de velocidade veicular são e sempre serão necessárias, pois os automóveis e caminhonetes estão cada vez mais sofisticados e velozes, mas não bastam atitudes incompetentes e simplistas para resolver a situação. É necessário ENFRENTAR o problema e não colocar um “quebra-molas” a cada metro e inviabilizar o trânsito de quem quer que seja.

Lendas do Poder

Enquanto a caravana passa... era assim que começava a lenda, acontece que a caravana decidiu não mais peregrinar, as terras benfazejas e os ventos somente a favor, não havia porque atrever-se ao desconhecido. Os nativos mostraram-se benevolentes e afáveis, presas fáceis de caminhantes com tanta bagagem e conhecimento, agora era semear e aguardar a colheita. Os primeiros tempos foram aparentemente difíceis, os principais obstáculos eram a credibilidade e a pouca visibilidade, como conquistar aqueles aborígenes e obter deles a vital colaboração?

Fundamentados em sua experiência, os entrantes procuraram perceber cuidadosamente os aspectos mais vulneráveis aos moradores locais e propor-lhes saídas e soluções sempre sonhadas, mas nunca alcançadas. A idéia mais audaciosa: aos que muito tinham foram feitas promessas e apenas promessas, a diferença não seria perceptível. Todavia, aos que pouco ou nada tinham, migalhas foram ofertadas e isso fazia muita diferença.

Aos mais providos intelectualmente foram prometidas a ética, o bem versar da economia, a distribuição apropriada e justa de bens, terras e renda, entre outros juramentos dignos de emocionar ao mais cético. Com a finalidade de viabilizar a tática, personalidades que dispunham de elevada credibilidade foram arrestados para o centro do pensar e pensaram que foram eles próprios que elaboraram a estratégia.
Bolsões de adversidade transformaram-se em bolsões de mendicantes e passaram de sonhadores miseráveis a miseráveis improdutivos, porém com a vantagem de que, agora, o sonho não precisava mais ser sonhado, pois a desdita chegava na forma de proventos com vários nomes e subterfúgios diferentes, entretanto todos palatáveis e de fácil digestão, ampliando o número de seguidores e admiradores.

Como certo volume de desventura deveria eliminado, existia a necessidade de recursos e estes deveriam ser obtidos de fontes distintas daquelas que viabilizariam sustentar o domínio em mãos seguras, pois nesse instante o gosto do poder já deveria se mostrar inebriante e não permitia significativas partições. Assim, o achatamento da pirâmide de renda foi repensado na forma de eliminar uma das categorias, dando a entender que haveria um aumento daqueles que antes nada tinham e agora eram a casta imediatamente superior.

Visto que o poder se concentra a partir da dispersão das oposições, quanto mais frágil o refletir e quanto maior a satisfação pelos bocadinhos, maior a garantia de perpetuação e menor a possibilidade de insurreições e de riscos a extensão da posse. Dessa forma, cria-se uma massa acéfala e feliz, seguidora fiel de qualquer tipo de abano dado pelos detentores das decisões e não se correm mais possibilidades de perda do mando (e do desmando).

Agora, para finalizar, agregue uma figura populista, vinculada às raízes da população-alvo e faça dela um ícone, favoreça ela acreditar na sua origem e no seu compromisso com os desfavorecidos e desamparados e a lenda se fará quase (eu disse quase) real, somente faltando o “felizes para sempre”.

Se você achou isso familiar, acredite, é lenda.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008


O ambiente estava ótimo, a comida muito boa e farta, mas as pessoas presentes... essas sim fizeram a diferença! Obrigado, de coração, aos presentes (e também àqueles que não puderam comparer por outros motivos). Fica a idéia de nos reunirmos mais vezes e não permitir que o tempo apague momentos tão agradáveis!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Encerramento

Nossa! Chegamos ao nosso último encontro neste MBA e pensar que vocês levaram um susto quando eu falei que eram dez o número de vezes que eu apareceria para mudá-los da zona de conforto.
Confesso que aprendi muito mais do que ensinei e espero não perdê-los de vista!!
Um grande abraço a todos e muito brigado pelas oportunidades concedidas!